(Sim, sei, vocês não sabem de que estou falando porque a beleza desapareceu há muito tempo. Ela desapareceu sob a superfície do barulho - barulho das palavras, barulho dos carros, barulho da música - no qual vivemos constantemente. Está submersa como a Atlântida. Dela só restou uma palavra cujo sentido é a cada ano menos inteligível.)
[Milan Kundera]

domingo, 22 de junho de 2008

Quer um gato?

Acho tão desagradável quando alguém fala mal de alguém... me sinto mal.
Entendo que isso ocorra, porque ocorre também comigo.
Quando são situações esporádicas tudo bem.
Mas há vidas que baseiam-se em viver a vida alheia. Por que será?
Há pessoas que são donas da incrível capacidade de saber mais das vidas alheias que das próprias.

Dizia o poeta..."Tentando me ensinar aquilo que eu sempre fiz".

É infernal, meio Dante mesmo, a convivência com pessoas que sabem mais das vidas daqueles com os quais convivem que das próprias. Que gostam mais de resolver os problemas dos outros que os próprios (sem altruísmo nenhum), que (droga) querem ensinar a escrever o poeta.

Não gosto de quem quer me ensinar o que sentir, o que sinto, o que quero...
Não gosto de quem acha que sabe melhor de meus sentimentos, pontos de vista e sensações que eu.
Não me refiro aos meus amigos, que pelo ponto de vista deles, tentam clarear o meu.
Me refiro àqueles que sob qualquer condição querem impor minha vida para mim sob o ponto de vista deles.

Cansa... cansa... gente chata é o cão.
Dar-lhes-ei um gato... como diz a piada batida, que cuidem das sete vidas dele e deixem a minha em paz.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mais Leve e de Branco (Oswaldo Montenegro/José Alexandre)


Que maravilha não sentir mais amor
Eu tou mais leve e de branco
Não ver mais graça no seu brilho (eu já vi)
Sentar sozinho num banco
E olhar a rua sem meu olho te procurar
E achar a sua simpatia em qualquer lugar
Pensando bem você que tinha razão
Pesando bem cada fato
Não há tragédia é só o fim
E a canção ficou mais leve e o barato
É olhar a rua sem meu olho lhe procurar
E achar a sua simpatia em qualquer lugar

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Só... Palavras

Há uma mania corrente de se desmerecer a palavra. Fico triste quando ouço ou leio que eram apenas palavras. Fico triste quando leio ou ouço que ele dizia coisas lindas, mas eram só palavras. Fico pensando se quem fala esse tipo de... besteira... sabe o quanto é difícil dizer coisas lindas e o quando vale algo composto apenas de palavras.

Acho que quem diz este tipo de asneira nunca leu Romeu e Julieta ou Hamlet ou Dom Casmurro ou Espumas Flutuantes ou Ciranô de Bergerac ou Coração de Tinta ou Água Viva ou Amor nos Tempos do Cólera. Acho que quem diz isso nunca leu nada que de fato valesse a força que fez para virar as páginas. Quem pensa este tipo de criancice segundo a qual as palavras são palavras, nunca ouviu com atenção Oswaldo Montenegro, Chico Buarque, Elis Regina (que não escrevia, mas cantava coisas lindas), nem mesmo Legião Urbana e Lenini ouviu quem diz absurdos assim.

Ou, se ouviu, não merecia ter ouvidos (não falo do verbo, falo de anatomia).

Quando alguém me diz que sabe Gá, ele diz coisas lindas para mim, mas é só. Eu fico pensando se esse alguém consegue dizer coisas lindas de verdade também, ou se acha algo idiota belo o suficiente para chamar de lindo, o que também é uma possibilidade.

Quem desmerece o valor da palavra nunca deve ter ouvido falar que in princípio erat verbum, no princípio era o verbo. A palavra. Dela fez-se a Luz e as Trevas, dela se fez o Amor e o Ódio, dela se fez o mundo e o nada, dela e só dela se fez a vida e a morte. Como alguém pode pensar em usar as palavras para desmerecer palavras? É como enganar seu melhor amigo para que este deixe de sê-lo.

Fico triste que as palavras estejam sendo jogadas para o canto, esquecidas.

As músicas não têm mais palavras, as pessoas falam menos, ninguém mais sabe escrever, abreviaturas são cada vez mais utilizadas, pessoas se beijam sem se declararem, conhecem-se sem trocarem cartas e conversas longas, mandam pequenos recados pelo celular, esquecem-se que só as palavras seguram o mundo como ele é. Esquecem. Esquecem das palavras e depois dizem que são só palavras.

Utilizam impossível quando algo é difícil de mais e dizem que odeiam quando acham desagradável, pedem quase dez desculpas quando uma só seria suficiente e coalham páginas e páginas de palavras idênticas para enfatizar sua veracidade, como se dizê-las uma vez só não fosse mais suficiente.

Poetas incapazes de rimar, dizem que são livres.

Escritores que não sabem escrever, dizem-se livres da semântica.

A palavra cada vez mais é esquecida, desvalorizada, e ninguém sente saudades.

Um dia alguém irá querer dizer algo e não terá palavras para dizê-lo. Só então perceber-se-á que não eram palavras.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aos Namorados, mas antes...

Era pra este post ser aos namorados, um brinde à vida que todos eles fazem sempre que se beijam e todos eles bebem sempre que se amam.
Mas antes...

Antes queria dizer que... acho que passou.
Numa tarde sem graça de um fim de mais um dia.
Seria normal se não pela hiperlotação de todas as lojas de chocolates, fores e bijuterias baratas (as de jóias nem nestes dias lotam).
Numa tarde de mais um dia bobo e normal, eu estava até com preguiça...
Falava, veja a ironia, dessa preguiça...
E falava dela com quem da última vez foi alvo do meu passou.

Essa palavra tem significado na minha vida, passou.
Odeio coisas que passam sabia? ODEIO.
Acho insuportável quando alguma coisa passa, sabia?
Até prova, eu olho pros 2o minutinhos que usei e falo:
Estudei trÊs (o Ê é proposital, trÊs não é trez, viu gente?) horas pra isso?
Como eu odeio GENTE que passa!
Prefiria que nem chegasse perto então. Não tem UTILIDADE.
E gente inútil é pior que gorgonzola!
Gorgonzola é podre, mas é gostoso.
Gente inútil raramente é gostosa. (gostoSa, não gostoZa viu amigo? você que usa a palavra com freqüência leu bem?)
É irritante quando alguma coisa passa e você olha pra trás pra ver, tipo metrô sabe? Quando aquela moça que você adora foi embora.
E eu odeio mais quando a moça vai embora e eu não olho, ela passou.
Pas-sou. (um S antes e um depois, viu gente?)

Mas antes de me desviar do assunto, como faço com freqüência (trema opcional), dizia que passou.
Mas passou também, outra hora eu digo.
Só basta saber que talvez eu não espere para sempre.
As lembranças me fazem tremer um pouco os olhos e a vista, mas não vou esperar para sempre.

Beijos, aos namorados!



"Que a vida compense
E seja feliz!''
(Oswaldo Montenegro)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vou Estar Aqui (Salomão)

Quando você me vir de longe e sorrir,

Eu vou estar aqui.

E quando você não me vir, porque estava com pressa,

Eu vou estar aqui.

Quando você não estiver olhando, estiver distraída,

Eu vou estar aqui.

Quando você estiver olhando com atenção nos meus olhos...

Eu vou estar aqui.

Quando você vier andando falar comigo,

Eu vou estar aqui.

Vou falar com você.

Quando você for embora andando e não quiser falar comigo,

Eu vou estar aqui.

Quando você estiver feliz, sorrindo e brindando aniversários e conquistas...

Eu vou estar aqui.

Brindando e sorrindo com você, ou sozinho, mas...

Eu vou estar aqui.

Quando você estiver triste, chorando e gritando de raiva ou desespero...

Eu vou estar aqui.

Do teu lado, num abraço pegando teu desespero para mim, para você ficar em paz.

Ou eu vou estar aqui.

Olhando, triste e machucado, por você estar sofrendo e eu não poder te ajudar.

Quando você estiver comigo, sorrindo ou não

Eu vou estar aqui.

E se um dia você não estiver comigo, bom...

Eu vou estar aqui.

Se você vier correndo, para pedir socorro...

Eu vou estar aqui.

Se você vier correndo, para pedir um beijo...

Eu vou estar aqui.

Se você vier correndo pedir colo...

Eu vou estar aqui.

Se você vier correndo para pedir um fim... Ah querida...

Eu vou estar aqui.

Se você vier

Eu vou estar aqui.

Se você for, triste,

Eu vou estar aqui.

Mas ai meu amor... Eu prometo, sempre.

Eu vou estar aqui.

Se você me quiser querida, você sabe,

Eu estou aqui.

E se você não me quiser mais querida, vai doer, eu vou chorar, mas...

Eu vou estar aqui.

E quando formos só amigos, provavelmente mais que nunca,

Eu vou estar aqui.

E quando um dia, e eu acredito verdadeiramente que este diz chegará,

Você me mostrar que quer voltar e que me ama novamente, e que me quer,

Ah, meu amor, eu vou estar aqui, acredita em cada palavra que meus sorrisos te dizer sem pronunciar.

Sempre meu amor, enquanto viver e depois, eu posso acreditar que vou estar aqui.

Você também pode.

Porque nós dois sabemos que eu vou estar aqui e que se você também estivesse ficaríamos juntos para sempre.

Então meu amor, eu vou estar aqui.

E não é sem medo que te digo tudo isso porque cada palavra dói e o sofrimento dói tanto ou mais.

Mas acredita que mesmo assim, mesmo doendo e chorando,

Ouve, Minha Fada,

Que eu Vou estar aqui.

Mestre das Palavras

Posso tecer com cada letra uma magia

Uma terra, uma princesa, uma verdade

Posso construir realidades

E mentiras, dissabores e alegrias.

Posso voltar, pular, mandar no tempo

Posso parar a História se quiser

Posso fazer Deus dormir um pouco

Posso fazer Jesus perder a Fé

Posso mudar países, continentes,

Posso mudar mares e estrelas

Posso mudar a órbita da terra

E mais, posso mudar vidas inteiras

Posso fazer sorrir e crio lágrimas

Posso criar um beijo e um mau olhar

Posso fazer alguém querer matar.

Mas, quem diria! Posso também fazer amar.

Posso fazer o desespero parir a alegria

E a alegria parir o desespero

Posso criar tudo, e com magia

Mudar o que antes era, por inteiro.

Posso criar estrelas, criar vida

Posso fazer uma alma se sentir querida

Posso fazer muito e ainda mais

Posso fazer pessoas se sentirem especiais

Posso e para isso bastam 26 letras

Alguns sinais, acentos, pontuação

Para fazer brotar o ódio ou a paixão

Para amansar ou enfurecer um coração

Posso tecer mil verdades da mentira

Posso tecer mil mentiras da verdade

E é essa minha paixão e minha vontade

Ser o mestre das palavras e saber a realidade.

Pelo Mestre Drummond

"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero
há calma e frescura ma superfície intata
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consuma
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio"

Autolapidando-me (ou não podia ser perfeito)

Não podia ser perfeito não é?

Quando fica bom de mais, eu sempre tenho medo.

Dessa vez eu estava frágil, desprotegido.

Sem-medo-por-de-mais.

Foi um dia bonito.

Foi um dia divertido.

Foi uma ligação “de boba” linda, tão linda quanto eu jamais recebi antes.

Foi um filme lindo.

Foi tudo lindo, e tudo ia continuar lindo.

Mas não podia ser perfeito não é?

Eu reclamei que não tinha, há tempos, razões para escrever.

-Parabéns, Gabriel. – Agora você tem uma razão para escrever.

Quando nem tudo está perfeito você aprende a escrever de novo, não é? Porque, bem se vê, naturalmente, que quando tudo está perfeito você é o mais absoluto iletrado, primitivo e idiota homem de neanderthal.

Mas, Gabriel, será mesmo que a escrita por si só te torne tão mais evoluído, atual, menos primitivo e mais homem moderno assim?

Sabe, Gabriel, você continua com os mesmos vícios, e cometendo os mesmos pecados, dos homens de neanderthal.

É, Gabriel, você continua pré-histórico e bruto.

Se autolapidando debaixo da lua, alquimicamente.

Auto Retrato Incompleto. (Salomão)

Sou não mais eu mesmo como pensava ser.
A cada dia me transformo e mudo,
E ao deitar de noite não me reconheço
Como era ao amanhecer.

Mudo a cada instante que rio e sofro.
Mudo a cada instante que penso e sinto.
E penso se neste mudar infinito ainda me perderei
Ou se conseguirei um dia me encontrar,
Caçador de mim.

Ainda me procuro debaixo da cada pedra,
Na fumaça de cada incenso
Na chama de cada vela
Nas gotas de cada copo d'água e banho que tomo.

Ainda tento me encontrar no templo que jaz dentro em mim
Ainda tento me contrar nas cartas
Ainda tento me encontrar nos mapas de estrelas e planetas
Ainda tento me encontrar dentro e fora de mim

Ainda tento me encontrar em outros,
Ainda tento me encontrar no amor
Ainda tento me encontrar na amizade
Na ajuda, na procura e mesmo na descoberta me procuro.

Tento me encontrar em olhares que não são para mim
Em beijos que não estão na minha boca
Em atenções que não me são dedicadas
Em ilusões que não são, óbvio, verdadeiras.

E tenho a impressão cronometrada de que procuro
E tenho a impressão anacrônica de que procurarei
Sempre e eternamente me procurarei sem me encontar.

Até quando, pergunto, Pai?
Até quando? E não tenho resposta.
E tenho e diz:
Até quando te encontrar, Filho.

E de olhos abertos e fechados me procuro
Cantando como numa prece que está tudo azul
E repetindo como num poema que tudo dará certo.
Sem mais acreditar ou não, simplesmente pelo hábito
Pelo hábito de acreditar e saber.

Me procuro não mais porque me quero,
Mas simplesmente pelo hábito de me encontrar.

Solidão, disse o poeta certa vez,
É quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos,
Em vão,
Pela nossa alma.


Procuro sem esperança ou vontade, mas sem desacreditar
E sem ficar mais fraco pela falta de vontade.

Auto retrado incompleto,
Procuro as cores de meus olhos.

Poeta Míope


Me disseram espinhos.

Eu vi flores.

Me disseram dor.

Eu vi amores.

Me disseram morte

Eu vi transformação

Me disseram ódio

Cego vi paixão.

Me disseram errado.

Eu vi diferente.

Me disseram impossível.

Eu vi dificilmente.

Me disseram buraco sem fundo.

Eu pulei e fugi do mundo.

Me disseram abc

Eu vi como escrever

Me disseram como pensar

Eu vi idiotas.

Me disseram futuro.

Eu vi reflexo.

Me disseram vício.

Eu vi vontade.

Me disseram destino.

Eu vi possibilidade.

Me disseram por de sol.

Eu o vi nascer no leste.

Me disseram lua nova.

Eu vi estrelas.

Me disseram nunca.

Eu tapei os ouvidos.

Mudou, mas em boa parte continua válido.

Do Importante Não Sei

Tratado Sobre a Ignorância

Sei matemáticas e gramáticas,

Sei contas e acentos vários

Mas não sei sorrir para foto.

Sei andar com meus dois pés e posso

Sei dar um bom aperto de mão e um ombro para chorar

Mas não sei dar um beijo

Sei dar um bom dia, mas de manhã raramente sei desejar um bom dia de verdade.

Sei dar uma boa noite, mas geralmente estou com tanto sono que não dou.

Sei dizer boas palavras, mas economizo-as tanto, que acho que um dia não saberei mais.

Sei que a terra é redonda.

Sei que um ano tem 365 dias 6 horas e vinte e poucos minutos

Mas não sei como aproveitar cada um desses minutos extras

Sei escrever, e escrevo bem.

Sei ler e o faço com fluência e facilidade

Sei atuar um pouco. Mas não sei mentir

Sei ser amigo, mas de poucos.

Sei amar, mas não sei dizer Te Amo.

Sei correr, mas não consigo por tempo suficiente para ganhar a corrida.

Sei acordar de manhã, com a ajuda do despertador.

Sei abrir meus olhos e ler na minha mão o que tenho de fazer durante o dia.

Explico: Anoto na mão o que tenho de fazer no dia seguinte antes de dormir.

Sei levantar da cama e ficar molemente de pé.

Mas não sei caminhar até o banheiro sem tropeçar no meu próprio pé.

Sei escrever uma boa carta e tirar lágrimas de alguns olhos

Sim, sou emocionante.

Mas não sei despertar paixões e não sei conquistar.

Se o faço é sem quere porque quando quis não consegui.

Sei pegar copos na última estante do armário,

Mas não sei preparar um bom suco.

Sei velejar, mas não tenho carteira.

Sei nadar, mas não sei comer peixe.

Sei ser um pouco, mas se sou muito me enjôo de mim.

Sou enjoativo de mais, querendo ser o novo que não sei.

Sei fingir que sou mais do que sou.

Sei ser necessário.

Mas não tenho facilidade de me fazer querido.

Sei cantar, mas não sem desafinar ou gritar muito.

Sei tocar flauta, mas não sei tocar música.

Sei escrever de novo, mas não sei revisar nem passar a limpo.

Sei Yôga, mas tão pouco que me sinto grão de areia.

Mas não sei ser grão de areia e me faço reflexo de sol na praia,

Fingindo-me milhões de grãos molhados em um seco.

Sei o grão de areia, mas tão pouco que me sinto menor do que ele.

O grão de areia é maior porque já viu mais do que eu.

É velho e antigo do mundo.

Sei ser o mar e sei ser as estrelas.

Mas não sei ser as estrelas com a simplicidade delas nem ser o mar em sua infinitude.

Sei mexer na Internet, mas não sou bom em localizar informações.

Sou ótimo em começar livros, não sei terminá-los.

Sou bom aluno, mal vivente.

Sei fazer elogios, não sei criticar sem ofender.

Sei fazer um bom trabalho, não sei fazê-lo em grupo.

Odeio obedecer, não sei mandar.

Amo tentar, conseguir me cansa.

Não ganho muito, mas não sei perder.

Sei os problemas, mas não sei resolvê-los.

Sei o que tenho de fazer, não sei fazê-lo.

Enfim, sei muito de muito.

Mas do importante não sei.

ABERTURA



Esse blog não será um diáro.
Quando me der na telha será sim.
Será veste sagrado, São Sudário
E pólvora da bala um dia enfim.

Será meu local e qualquer canto
Será meu mas, porém meu no entanto.
Será meu louvo ao idiomaterno
E escreverei aqui tudo o que não será pra sempre.

Você deve ter se perguntado, por que é que ele não usou eterno?
E eu digo. É que quando quero rimar rimo, quando não quero, não.