A prima que puxa a orelha da avó
Que brinca, que chora, que grita.
A tia que implica e empaca sem dó
O menino, pequeno, mimado, faz fita.
Era uma vez família perfeita.
Não, nunca houve, nem nas histórias.
E a perfeita nenhuma nunca é eleita, e
Faz parte das velhas memórias.
O primo bonito, o tio meio torto,
O avô que contava histórias tá morto.
A filha arrumada, vaidosa, lindinha
Tem uma orelha que é meio caída,
Que sob o cabelo alisado, tingido,
Passa quase que despercebida.
No fim da história não gosto, não quero,
Não chego perto e retiro da vida,
Mas dentro do abraço dos tios e da prima,
Só posso cantar: família querida.
2 comentários:
Ga querido! Muito bonita essa!!
Adorei! realista.. rs
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