Acho tão desagradável quando alguém fala mal de alguém... me sinto mal.
Entendo que isso ocorra, porque ocorre também comigo.
Quando são situações esporádicas tudo bem.
Mas há vidas que baseiam-se em viver a vida alheia. Por que será?
Há pessoas que são donas da incrível capacidade de saber mais das vidas alheias que das próprias.
Dizia o poeta..."Tentando me ensinar aquilo que eu sempre fiz".
É infernal, meio Dante mesmo, a convivência com pessoas que sabem mais das vidas daqueles com os quais convivem que das próprias. Que gostam mais de resolver os problemas dos outros que os próprios (sem altruísmo nenhum), que (droga) querem ensinar a escrever o poeta.
Não gosto de quem quer me ensinar o que sentir, o que sinto, o que quero...
Não gosto de quem acha que sabe melhor de meus sentimentos, pontos de vista e sensações que eu.
Não me refiro aos meus amigos, que pelo ponto de vista deles, tentam clarear o meu.
Me refiro àqueles que sob qualquer condição querem impor minha vida para mim sob o ponto de vista deles.
Cansa... cansa... gente chata é o cão.
Dar-lhes-ei um gato... como diz a piada batida, que cuidem das sete vidas dele e deixem a minha em paz.
(Sim, sei, vocês não sabem de que estou falando porque a beleza desapareceu há muito tempo. Ela desapareceu sob a superfície do barulho - barulho das palavras, barulho dos carros, barulho da música - no qual vivemos constantemente. Está submersa como a Atlântida. Dela só restou uma palavra cujo sentido é a cada ano menos inteligível.)
[Milan Kundera]
domingo, 22 de junho de 2008
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