Não podia ser perfeito não é?
Quando fica bom de mais, eu sempre tenho medo.
Dessa vez eu estava frágil, desprotegido.
Sem-medo-por-de-mais.
Foi um dia bonito.
Foi um dia divertido.
Foi uma ligação “de boba” linda, tão linda quanto eu jamais recebi antes.
Foi um filme lindo.
Foi tudo lindo, e tudo ia continuar lindo.
Mas não podia ser perfeito não é?
Eu reclamei que não tinha, há tempos, razões para escrever.
-Parabéns, Gabriel. – Agora você tem uma razão para escrever.
Quando nem tudo está perfeito você aprende a escrever de novo, não é? Porque, bem se vê, naturalmente, que quando tudo está perfeito você é o mais absoluto iletrado, primitivo e idiota homem de neanderthal.
Mas, Gabriel, será mesmo que a escrita por si só te torne tão mais evoluído, atual, menos primitivo e mais homem moderno assim?
Sabe, Gabriel, você continua com os mesmos vícios, e cometendo os mesmos pecados, dos homens de neanderthal.
É, Gabriel, você continua pré-histórico e bruto.
Se autolapidando debaixo da lua, alquimicamente.
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