Chuta a bola do mundo, faze a bola rolar!
Que o mundo rola como uma esfera
num campo de futebol
de futebol, sim
chutada pelos menos cultos
pelos menos sábios,
pelos menos preocupados em descobrir a verdade
o mundo e a bola não têm uma ordem criança
têm o acaso. Nem o acaso tem.
Não pára criança, quê me ouve?
Eu disse que deves brincar!
Brinca!
Brinca!
Eu não posso sorrir, criança
mas brinca a divertir-me com as minhas memórias
de quando eu acreditava que chutava a terra
que chutava Júpiter!
E eu chutava uma bola criança,
só uma bola
de meia.
Brinca como quem acredita no que vê
como quem não sabe o que vê
como quem vê o que quer
como quem não liga
como que... "don't care"
"Play, child, play"
E eu saio, sem um urso,
de pelúcia,
sem uma bola a chutar,
saio na bola,
na terra,
não nas mãos da fortuna,
mas nos pés
de um destino
que não é preocupado
em obedecer as estrelas.
Um comentário:
Ga, passei aqui depois de muito tempo e... caramba, gostei muito, muito mesmo desse poema! Ainda vou ler em alguma récita na Sanfran =)
Beijos, Ing
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