Esmeralda em diamantes lapidada,
Se sob o sol silencia sossegada:
Sílfide leve que suspira serenada.
Ser e nada.
Anônima mulher espiralada,
Imagem de respiro, no espelho, alada.
Folha ao vento, sem destino, abandonada.
Alba e nada.
Risada leve que, olímpica, emprestada
Passa onírica nos sonhos costurada.
Olhar de céu e de musa consternada
De querer sempre, que quer muito e não quer nada
Quer e nada.
Luz que é dos olhos, pelos poros transpirada
O meu alento é teu hálito, e a risada
Faz produzir, musa, música rimada.
Rima em nada.
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