(Sim, sei, vocês não sabem de que estou falando porque a beleza desapareceu há muito tempo. Ela desapareceu sob a superfície do barulho - barulho das palavras, barulho dos carros, barulho da música - no qual vivemos constantemente. Está submersa como a Atlântida. Dela só restou uma palavra cujo sentido é a cada ano menos inteligível.)
[Milan Kundera]

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Língua na boca

Duas rosas voando pra lua.

Um toureiro beijando o animal.

Mamilo excitado.

Vergonha no palco.

Rosto de bêbado.

Marca de tapa.

Olho de insone.

Sangue de vivo.

Pernilongo morto.

Brasa.

Proibido.

Pecado.

Maçã.

Anjo caído.

Correção.

Lingerie.

Morango.

Papai Noel.

Mc Donald.

Melancia.

Cortina da Broadway.

Batom.

Queimadura.

Pimenta.

Desejo.

Inconsciente

Mundo vermelho.

2 comentários:

conduarte disse...

aDOREI AS DUAS ROSAS VOANDO PARA A LUA.
LINDO O JOGO DE PALAVRAS NO SEU POEMA!, bJ E BOM FINAL DE SEMANA. con

Gabriel Salomão disse...

a parte triste é que justamente esse verso é paródia de um verso famoso dum poeta renomado inglês (Keats)... o dele é algo como "duas rosas cruzadas na lua"... hahahah

mas muito obrigado, espero que o resto do poema tenha sido prazeroso também...

Bom fim de semana para você!